Quando não tratada, a Cinomose pode até levar o animal a óbito ou deixar sequelas.
Quem tem cães em casa certamente já ouviu falar em cinomose. Trata-se de uma doença canina provocada por um vírus da família Paramyxoviridae, também conhecido como cinomose. Altamente contagiosa, a cinomose não afeta ou é transmitida a gatos. Quando não tratada adequadamente, pode deixar sequelas graves ou mesmo levar à morte do animal.
O vírus causador da cinomose dos cães e, apesar de causar diversos sintomas, a doença não é transmitida para seres humanos. O período de incubação do vírus varia de três a 15 dias, sendo que os primeiros sintomas aparecem após uma ou duas semanas.
Os sintomas da cinomose podem variar de acordo com cada animal, tendo como progressão da doença as seguintes fases:
Fase respiratória
A primeira fase da cinomose está restrita à respiração. Os principais sintomas são:
- Tosse seca ou com secreção;
- Pneumonia;
- Secreção nasal;
- Dificuldade respiratória;
- Secreções oculares,
- Febre aguda.
Fase gastrintestinal
Após afetar a respiração, surgem os desconfortos gastrointestinais. Nessa fase, os principais sinais são:
- Vômitos;
- Diarreia, com ou sem sangue;
- Falta de apetite;
- Dor abdominal.
Fase neurológica
Na terceira fase da doença, o pet passa a ter o sistema nervoso afetado. Fique
- Andar em círculos;
- Movimentos de pedalagem,
- Paralisia.
- Nistagmo
Fase cutânea
Na última fase, o animal apresenta problemas na pele. Os principais sintomas são:
- Pústulas abdominais;
- Espessamento nos coxins e no focinho;
- Conjuntivite;
- Lesões na retina.
Como a cinomose é transmitida
A transmissão da cinomose ocorre principalmente através das vias respiratórias, pela exposição ao ar contaminado e através do contato com a secreção e demais fluídos dos animais doentes. Ela pode ser feita também através de objetos como casinhas, cobertores e alimentos contaminados.
O maior índice de transmissão da cinomose acontece entre filhotes, normalmente entre os três e os seis meses, devido à ausência de vacinas. Além disso, nessa idade eles estão com o organismo mais frágil pela perda de anticorpos maternos após o desmame. Porém, animais idosos ou cães que estejam debilitados em função de outra doença também são suscetíveis à cinomose, por estarem com o sistema imunológico mais fragilizado.
Um cão infectado elimina o vírus pela urina, fezes e secreções (nasal e ocular) até 90 dias após a exposição ao micro-organismo. Isso significa que, nesse período, deve-se evitar seu contato com outros animais.
Como tratar a cinomose
A cinomose pode ser curada, porém, não há medicamentos antivirais eficazes para combater a doença. O tratamento consiste em tratar os sintomas, podendo ser realizado com fluidoterapia e com a administração de antibióticos, antieméticos, anticonvulsivantes e pomadas ou cremes (quando surgem sintomas na pele).
Há casos em que o médico veterinário pode indicar medicamentos para suplementar a nutrição do animal ou ajudar na hidratação.
O objetivo do tratamento é evitar o desenvolvimento de outras infecções que podem surgir em decorrência da cinomose.
É possível prevenir a cinomose
A melhor maneira de evitar que seu cão seja infectado é protegendo-o por meio da vacinação. Por exemplo, a vacina múltipla V8, V10 ou V11 é aplicada em três doses, com intervalos de três a quatro semanas entre elas, mais uma dose de reforço anual. Sendo, a primeira dose administrada após 45 dias de vida.
Além disso, deve-se evitar que o animal tenha contato com cachorros não vacinados, assim como com ambientes ou objetos que tenham chances de estar contaminados.
A cinomose é uma doença séria, que costuma desenvolver quadros graves, por isso, deve-se procurar atendimento com um especialista assim que o animal apresentar os primeiros sintomas sugestivos da doença. Quanto antes ela for identificada e tratada, maiores serão as chances de cura do animal.
Evite tratamentos caseiros ou o uso de medicamentos sem orientação do veterinário, pois isso pode trazer riscos graves à saúde do seu cão.
Fontes: