Devido a particularidades das aves, doenças respiratórias podem impactar seriamente a avicultura de corte. Saber como tratar e principalmente preveni-las pode ajudar toda a cadeia.
A avicultura de corte é um setor importante da economia brasileira pelo papel fundamental no aspecto econômico e social. O Brasil é um dos maiores players no mercado de exportação da carne de frango e um dos maiores produtores do setor no mundo. A produção brasileira de carne de frango contribui para a garantia de segurança alimentar nacional e mundial, gerando renda e muitos empregos.
Quanto ao trato respiratório das aves, é necessário destacar que há características anatômicas e fisiológicas que complicam a ocorrência de enfermidades nesse sistema. O ducto que interliga os seios nasais à cavidade oral tem espaço muito limitado, fator que naturalmente impede a drenagem de secreções. Além disso, estudos indicam que o aparelho mucociliar não ocorre nos sacos aéreos, piorando a gravidade no caso de contato com agentes infecciosos.
Portanto, é necessário conhecer quais são e como prevenir doenças respiratórias em aves de corte a fim de evitar os seus prejuízos.
Quais são as doenças respiratórias nas aves de corte?
Não basta que as aves tenham genética selecionada e boa procedência se estão sob risco de serem acometidas por bactérias, vírus e fungos. Os cuidados com a sanidade avícola devem acompanhar a produção de ponta a ponta. Patógenos infecciosos podem afetar o ganho de peso, a qualidade da carcaça e provocar grandes perdas financeiras à cadeia avícola. Um ponto importante de como prevenir doenças respiratórias em aves de corte é na aquisição dos frangos: uma boa procedência consegue evitar a contaminação de toda a granja.
As doenças respiratórias das aves têm variadas origens e agentes causais, incluindo vírus, fungos, bactérias e parasitas. Para ajudar na hora de tomar as medidas corretas para tratamento e prevenção das doenças respiratórias em aves de corte, a seguir, seguem as principais enfermidades danosas à avicultura:
- Coriza infecciosa;
- Bouba aviária;
- Colibacilose;
- Micoplasmose;
- Doença de Newcastle;
- Bronquite infecciosa;
- Laringotraqueíte;
- Influenza aviária;
- Pneumovírus Aviário.
Como identificar
O diagnóstico de doenças do plantel pode ser difícil porque geralmente os sinais clínicos manifestados por uma ave infectada são inespecíficos e comuns a várias doenças do trato respiratório. Para chegar ao agente etiológico da doença, é fundamental combinar técnicas clínicas e análises laboratoriais para a conclusão de cada caso. Um médico veterinário especializado em aves deve conduzir o caso e orientar como prevenir que doenças respiratórias nas aves de corte entrem na propriedade novamente.
Como prevenir as doenças respiratórias em aves de corte?
A ocorrência de doenças respiratórias é comum na avicultura industrial. Devido à facilidade com que os agentes etiológicos se propagam pela granja e os problemas que podem causar, destaca-se a importância de identificar com agilidade o patógeno envolvido e tomar as medidas cabíveis imediatamente. Caso seja possível, prevenir as doenças respiratórias em aves de corte é a melhor forma de evitar danos ao bolso do produtor.
Aves do plantel em galpões mal ventilados, com alta densidade populacional e passando por situações de estresse, é parte do problema devido à predisposição dos animais às doenças, uma vez que a imunidade é impactada.
Além disso, considerando-se as formas de prevenção das doenças respiratórias em aves de corte, é importante:
- Agrupar aves de mesma idade e com a mesma procedência;
- Ter apenas aves certificadas no controle de doenças;
- Manter a granja inteira vacinada;
- Fornecer ração conservada de forma adequada e produzida de acordo com boas práticas de fabricação;
- Disponibilizar somente água tratada;
- Restringir o acesso de pessoas e veículos não relacionados ao trabalho nas propriedades, com sistema de desinfecção para calçados e veículos que necessitarem de acesso ao local, conforme as normas de biossegurança;
- Impedir a entrada de animais estranhos à produção;
- Manter um programa de controle de pragas periódico;
- Promover o manejo ambiental correto (temperatura, umidade, ventilação);
- Ter um adequado manejo das excretas/cama, aves mortas e ovos descartados;
- Manter um programa de limpeza e desinfecção.
Opções de tratamento
Os principais sinais clínicos das doenças respiratórias nas aves são dificuldade respiratória e estertores, secreção nasal e ocular, espirros e edema facial; além de presença na necropsia de lesões de aerossaculite, sinusite, traqueíte, pneumonia e bronquite. Ao detectar esses sinais nos plantéis, o diagnóstico deve ser rápido, porque, além da severidade do quadro clínico, as consequências dependem diretamente do tempo entre o início dos sintomas e o tratamento correto.
O produto Chemitril® Solução Oral 10% da Chemitec é um antibiótico de ponta, à base de enrofloxacino, indicado para o tratamento e controle das doenças respiratórias e diarreias infecciosas de frangos de corte, matrizes e perus. É eficaz contra infecções causadas por bactérias Gram-negativas (E. coli, Haemophilus sp., Salmonella sp., Proteus sp., Pasteurella sp., Pseudomonas sp.), Gram-positivas (dos gêneros Estafilococos, Estreptococos e Clostridium) e Mycoplasma sensíveis ao princípio ativo. Sua indicação deve partir do médico veterinário responsável pela propriedade e o uso depende de soluções frescas de produto preparadas diariamente.
A importância dos cuidados com a saúde das aves
Um agravante é que durante o verão, devido ao calor intenso, a qualidade do ar e a ambiência para as aves de corte podem piorar. As doenças respiratórias atingem intensamente as aves nesse contexto. No Brasil e em todo o mundo, as doenças que afetam o sistema respiratório das galinhas apresentam grande importância porque são responsáveis por grandes perdas econômicas.
Tratando-se de doenças respiratórias em granjas avícolas, vírus e bactérias podem atingir toda a cadeia produtiva. Esses tipos de patógenos se instalam nos tratos respiratório, digestivo e reprodutor das aves. Tanto após o nascimento, quanto na fase adulta, o quadro pode evoluir para uma septicemia primária ou secundária à doença de base. Tal cenário afeta o bem-estar animal e gera muitos prejuízos ao setor, por isso a importância em buscar formas de prevenir as doenças respiratórias em aves de corte.
Algumas enfermidades têm um peso de impacto econômico e epidemiológico tão grande que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) iniciou um programa de vigilância ativa para influenza aviária e doença de Newcastle desde 2002.
Prejuízos causados
Dada à importância econômica da avicultura nacional, poderia levar anos para erradicar doenças como Influenza Aviária e Doença de Newcastle e voltar a ser destaque no cenário internacional. No caso dessas doenças, o impacto econômico poderia chegar a 25% do PIB do agronegócio. Além da queda de consumo interno, do sacrifício de aves saudáveis e do fechamento do mercado internacional, poderia haver restrições para a exportação de outras espécies de animais de produção, afetando em cadeia outros setores do agronegócio, como o de grãos e até o preço de outras mercadorias brasileiras. Com o potencial zoonótico, também haveria riscos de impacto no sistema de saúde humana.
Para saber mais sobre como prevenir doenças respiratórias em aves de corte, entre em contato com a Chemitec e saiba mais sobre esse e demais assuntos.
Fontes: