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06/07/2024

Esporotricose canina: como tratar e prevenir

3 min. de leitura

Doença causada por fungo é responsável por lesões em animais, principalmente cães e gatos

A esporotricose canina é uma doença fúngica que afeta cães em todo o mundo. Além de caninos, ela pode afetar diversos animais de todos os tipos, tamanhos e idades, e humanos, ou seja, é uma zoonose (pode ser transmitida de um animal para o ser humano). Apesar dos gatos serem os animais mais acometidos, casos caninos têm ocorrido com maior frequência ao longo dos últimos 10 anos.

O fungo responsável pela esporotricose canina recebe o nome de Sporothrix spp., presente no solo e em vegetações. A contaminação de cães se dá pelo contato direto do fungo com um machucado presente na pele do animal.

O principal sinal clínico da esporotricose canina é a presença de lesões cutâneas ulceradas, e essa condição é caracterizada por lesões cutâneas na cabeça (incluindo orelhas) e tórax. Nos cães acometidos, as lesões não costumam ser dolorosas ou pruriginosas.

Fases da esporotricose canina

Em caninos são relatadas três fases da esporotricose canina: cutânea, cutânea linfática e cutânea disseminada.

Fase cutânea

Forma mais comum da esporotricose canina. Começa com lesões na pele, geralmente na região do nariz, das orelhas e das patas do animal. Esses machucados podem ulcerar e apresentar crostas, causando desconforto e coceira nos cães contaminados. O animal doente apresenta uma ou poucas lesões.

Fase linfocutânea

Nessa fase, acontece a disseminação do fungo para os gânglios linfáticos próximos às lesões cutâneas. Os gânglios aumentam de tamanho e tornam-se dolorosos ao toque.

Fase disseminada

Forma mais grave da esporotricose canina, na qual o fungo se espalha pelos órgãos internos, como pulmões, fígado e sistema nervoso central.

Na fase disseminada, os sintomas podem incluir letargia, dificuldade para respirar, convulsões e perda de peso. Além disso, nessa fase, o cão afetado apresenta várias lesões e em lugares não contíguos.

Diagnóstico da esporotricose canina

O diagnóstico pode ser desafiador devido à apresentação variada da doença e à necessidade de exames laboratoriais específicos. Geralmente, é feito por meio de análise clínica das lesões cutâneas, cultura do fungo e exames de imagem para avaliar a extensão da doença.

A escolha pelo método de diagnóstico varia com a localização e o tipo de lesão, porém o isolamento do fungo em meio de cultura, utilizando amostras biológicas de fragmentos das lesões, é o método padrão e de maior sucesso para diagnóstico.

Tratamento da esporotricose canina

O tratamento desta micose canina envolve o uso de antifúngicos sistêmicos, como itraconazol, terbinafina e iodeto de potássio, por um período prolongado. Além disso, medidas de suporte, como limpeza e curativos das lesões, são essenciais para o controle da infecção.

Caracterizada pela infecção de um fungo, essa enfermidade pode se manifestar de diferentes formas e requer atenção e cuidados específicos para prevenção e tratamento adequados para cada cão.

Além de comprometer o bem-estar dos cães contaminados, essa doença é uma questão de saúde pública; por isso, saber mais sobre a esporotricose e realizar o tratamento ideal são de extrema importância.

Como prevenir a esporotricose canina?

A prevenção da esporotricose canina é feita por meio de medidas de higiene e controle ambiental. As estratégias de prevenção mais eficazes são:

  • Evitar o contato do animal com solo contaminado;
  • Promover a limpeza regular das áreas frequentadas pelo cão;
  • Evitar o contato com animais doentes.

Além disso, a vacinação contra a esporotricose está em desenvolvimento e pode se tornar uma ferramenta valiosa no controle da doença.

Para saber mais sobre essas e outras doenças, acesse o site da Chemitec.

 

Fonte:

Fiocruz