Doença causada por bactéria pode causar prejuízo a pecuaristas, caso não haja manejo correto
A leptospirose bovina é uma doença infecciosa de grande alerta para a pecuária, causando significativos prejuízos econômicos e sanitários, como queda na produção de leite, redução na produção de carne e menor número de bezerros, em decorrência de abortos e infertilidade do rebanho.
Por isso, conhecer as características dessa doença — formas de transmissão, sintomas, diagnóstico, tratamento e medidas preventivas — é fundamental para manter a saúde do rebanho e a produtividade da propriedade.
O que é a leptospirose bovina?
A leptospirose bovina é uma doença causada por bactérias do gênero Leptospira, que afeta os bovinos de forma aguda ou crônica. Os microrganismos localizam-se nos rins e são eliminados na urina por longo período.
Essas bactérias são espiroquetas, caracterizadas por sua forma helicoidal. Além disso, também são conhecidas por sua capacidade de infectar diversos hospedeiros, incluindo humanos.
A leptospirose em bois é considerada uma zoonose, ou seja, uma doença transmissível dos animais para o homem, representando um risco tanto para a saúde animal quanto para a saúde pública.
Como ocorre a transmissão de leptospirose em bovinos?
A transmissão da leptospirose bovina ocorre principalmente através do contato direto ou indireto com a urina de animais infectados. As bactérias presentes na urina contaminam o ambiente, como água, solo e pastagens.
Os bovinos também podem se infectar ao ingerir água ou alimentos contaminados, ou mesmo através de pequenas lesões na pele e em mucosas. Além disso, a leptospirose pode ser transmitida de mãe para filho durante a gestação, causando abortos e natimortos.
Quais são os sintomas da leptospirose em bovinos?
Os sintomas da leptospirose em bovinos podem variar de acordo com a gravidade da infecção e a cepa de Leptospira envolvida. Em casos agudos, os sintomas incluem:
- Febre;
- Icterícia (pele e mucosas amareladas);
- Anemia;
- Redução do apetite;
- Hemoglobinúria (presença de hemoglobina na urina).
Em muitos casos, a infecção pode não apresentar sinais evidentes, o que dificulta o diagnóstico e o controle da doença. Nos casos crônicos, a doença pode se manifestar com sinais, como redução da produção de leite, infertilidade, abortos espontâneos e fraqueza geral.
Diagnóstico da leptospirose bovina
O diagnóstico da leptospirose bovina é um desafio, devido à variedade de sintomas que podem ser confundidos com outras doenças.
Para a confirmação da doença, são usados métodos laboratoriais. Os principais testes incluem a soroaglutinação microscópica (SAM), considerada o padrão-ouro, e a reação em cadeia da polimerase (PCR), que detecta o DNA da bactéria. Além disso, exames histopatológicos e culturas bacterianas também podem ser utilizados.
Tratamento da leptospirose bovina
O tratamento da leptospirose bovina envolve o uso de antibióticos, sendo as tetraciclinas e a penicilina os mais usados.
Além do tratamento específico com antibióticos, é importante fornecer cuidados de suporte aos animais infectados, como hidratação e manejo adequado para minimizar o estresse. O tratamento precoce é crucial para reduzir a mortalidade e limitar a disseminação da doença no rebanho.
Como prevenir a leptospirose bovina?
A prevenção da leptospirose bovina é baseada em medidas de manejo sanitário e vacinação. A vacinação regular do rebanho é a principal estratégia para prevenir a doença, com vacinas que protegem contra as principais cepas de Leptospira presentes na região.
Além disso, é importante implementar práticas de manejo que reduzam a exposição dos animais a ambientes contaminados, como controle de roedores, manutenção da limpeza das instalações e manejo adequado das águas e pastagens. A quarentena de novos animais e a realização de exames periódicos também são recomendadas para evitar a introdução e a disseminação da leptospirose no rebanho.
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