A leptospirose canina é uma das doenças que mais preocupam donos de cães, principalmente durante o verão que é quando os casos da doença aumentam devido às fortes chuvas em todo o país.
A leptospirose canina é causada pela bactéria Leptospira. Entre os hospedeiros estão os ratos, que podem ter a bactéria no organismo sem que nenhuma doença se desenvolva. A relação com os roedores também explica o motivo do receio é maior no período de chuvas.
A bactéria leptospira penetra a pele de animais e pode afetar também os humanos. Ela causa lesões em diversos órgãos, como rins e fígado. O desenvolvimento da doença depende de fatores como idade do pet, sistema imunológico e histórico dele, sendo que em casos mais graves pode levar à morte.
Quais são os sintomas da leptospirose em cães?
Dada à seriedade e gravidade da leptospirose canina é fundamental que os tutores estejam atentos ao comportamento dos cachorrinhos e possam identificar qualquer mudança prontamente.
Um dos fatores que dificultam o diagnóstico da leptospirose em cães é que os sintomas são semelhantes ao de outras patologias. Ainda assim, algumas das ocorrências mais frequentes em animais contaminados incluem:
- Prostração;
- Febre;
- Diminuição do apetite;
- Vômito e diarreia;
- Urina escura;
- Úlceras bucais;
- Tremores;
- Espasmos musculares;
- Dor ou rigidez nos músculos;
- Icterícia, que consiste na coloração amarelada das mucosas, pele e branco do olho.
Também pode acontecer de, mesmo contaminado com a leptospirose canina, o animal não apresentar nenhum sintoma. Nesses casos ele é um hospedeiro e pode transmiti-la a outros animais do convívio dele, inclusive, aos tutores.
Devido esses fatores, qualquer indício de leptospirose em doguinhos é fundamental procurar um veterinário para uma avaliação completa do animal e também dos moradores, visto que se trata de uma zoonose, ou seja, uma doença que afeta animais e humanos.
Como a leptospirose canina é transmitida?
A transmissão da leptospirose canina ocorre por meio do contato com a urina contaminada de ratos, gambás ou guaxinins, além do contato com as secreções de outro pet infectado. Após o contato com a bactéria Leptospira, seja pela pele ou ingestão, a doença demora até 7 dias para começar a se manifestar.
Devido às formas de contágio é importante evitar que o animal fique junto a animais hospedeiros ou com secreções deles. Além disso, água parada na rua, poças de água ou brejos também são locais que devem ser evitados com o pet.
Outro aspecto importante é que, por se tratar de uma zoonose e poder ser transmitida aos tutores, é fundamental que ao desconfiar da doença, o dono utilize luva para lidar com o animal, limpar as fezes e o ambiente em que ele vive.
Leptospirose em cachorros: diagnóstico e tratamento
A leptospirose em cachorros é de difícil diagnóstico, de forma que os tutores devem levar o animal para o veterinário para uma avaliação mais detalhada. O especialista vai considerar o histórico e relato do dono quanto aos sintomas do pet e fazer uma avaliação física dele observando coloração, úlceras bucais e outros sintomas mais aparentes.
Outra conduta que pode ser adotada pelo veterinário para confirmação do caso é solicitar exames complementares e testes sorológicos para diagnosticar a leptospirose canina, como exame de sangue e de urina.
O tratamento da leptospirose em cães varia de acordo com o estágio da doença, mas pode incluir medidas terapêuticas, como a administração de antibiótico para cães para combater a bactéria. Em alguns casos, quando o animal apresenta desidratação, o especialista pode optar pela aplicação de fluidos intravenosos para ajudá-lo na recuperação.
Destaca-se que a melhor opção é a prevenção que pode ser feita por meio da vacinação. As doses devem ser aplicadas regularmente a cada 6 meses seguindo o cronograma de vacinação do pet.
A leptospirose canina é uma doença séria e que deve ser tratada por um especialista. A identificação precoce dos sintomas e encaminhamento do animal ao veterinário auxilia em um diagnóstico mais rápido e melhores chances no tratamento.