A babesiose é uma das doenças bovina transmitidas por carrapato que exige prevenção e cuidados por parte dos produtores. A estimativa é que a doença cause um prejuízo anual no Brasil de cerca de US$ 2 bilhões.
Os prejuízos econômicos decorrentes da babesiose incluem a mortalidade no rebanho, redução da produção de leite, diminuição do ganho de peso e gastos com controle e profilaxia.
Portanto, para que a babesiose não resulte em prejuízos ao produtor, é fundamental o controle de carrapatos no rebanho e a identificação precoce da doença para minimizar as chances de morte do animal.
O que é Babesiose ou Tristeza Parasitária Bovina?
A Tristeza Parasitária Bovina (TPB) é um complexo composto por duas doenças parasitárias que acometem bovinos em todas as regiões brasileiras. A TPB inclui a babesiose, causada pelos protozoários Babesia bigemina e Babesia bovis, e a anaplasmose causada pela Anaplasma marginale.
Chamada também de tristeza bovina, a babesiose pode causar hemorragia e anemia nos animais, resultando na morte e prejuízos aos produtores visto que pode afetar um grupo de bovinos ao mesmo tempo devido ao vetor transmissor, o carrapato.
A babesiose, também chamada de babésia, é transmitida, frequentemente, pelo carrapato da espécie Boophilus microplus. A anaplasmose tem o mesmo vetor principal, de forma que é comum que o bovino seja contaminado por ambas as moléstias.
Quais os sintomas e como identificar?
Devido a frequente contaminação da babesiose e anaplasmose ao mesmo tempo, o que ocorre é que elas atuam concentricamente, fazendo com que os sintomas de uma intensifiquem os danos causados pela outra.
As duas patologias parasitárias causam a destruição dos glóbulos vermelhos e, consequentemente, uma hemorragia conhecida como subtecidual. A hemorragia interna aumenta as chances de anemia, provocando a desnutrição e perda de peso do animal, mas existem outras complicações prováveis.
Os eritrócitos são destruídos pelos parasitas e liberam a hemoglobina na corrente sanguínea que, por sua vez, divide-se em dois componentes, a “heme” e a “globina”. A globina é fagocitada por macrófagos, enquanto a heme é rica em ferro e protoporfirina.
Essa segunda se oxida e resulta na pigmentação bilirrubina, resultando em uma alta concentração no sangue do animal que pode intoxicá-lo por não ser expelida na velocidade necessária.
Essa pigmentação resulta em uma coloração amarelada, em especial nas mucosas, sendo essa uma das formas de identificar a tristeza bovina ou babesiose. Outros sintomas incluem:
- Anorexia;
- Taquicardia e taquipneia devido à anemia;
- Hipertermia em decorrência ao parasitismo;
- Hemoglobinúria, que consiste em sangue na urina;
- Diminuição dos movimentos de ruminação;
- Prostração;
- Diminuição ou suspensão da lactação;
- Efeitos neurológicos como agressividade, movimentos de pedalagem e andar cambaleante.
Destaca-se que a identificação precoce da babesiose reduz o contágio nos animais saudáveis e aumenta as chances de sucesso no tratamento do bovino.
O diagnóstico da babesiose e da anaplasmose bovina pode ser baseado nos indícios clínicos e no exame de sangue para verificar a presença de parasitas no interior das hemácias em esfregaços sanguíneos.
Para melhor constatação das doenças de carrapato bovina recomenda-se o uso do sangue coletado dos capilares periféricos. O veterinário ou produtor deve considerar ainda dados epidemiológicos e achados de necropsia para constatar a evolução da doença.
Como tratar a tristeza bovina?
Para evitar as perdas de gado e econômicas em decorrência da babesiose e da anaplasmose é recomendado que o tratamento da doença seja dividido em duas fases:
- Inicialmente é preciso combater a infestação de carrapatos e moscas para evitar a contaminação de animais saudáveis ou nova infecção em animais tratados;
- Tratamento da babesiose e anaplasmose em si, utilizando medicamentos como o Berotetra® Solução Injetável da Chemitec.
Com essas condutas, o produtor aumenta as chances de tratamento e recuperação do animal e impede o contágio de outras doenças de carrapato bovinas, como a babesiose e a anaplasmose.
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