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Babesiose Bovina

Veterinário examinando orelha de vaca com carrapatos

A babesiose bovina é uma doença endêmica no Brasil, que causa redução na produção de carne e leite. Saiba como evitar e, principalmente, tratar o seu rebanho.

A babesiose bovina é uma hemoparasitose, ou seja, uma doença causada por protozoários que atacam a corrente sanguínea do animal. No Brasil, os protozoários responsáveis pela babesiose em bovinos são a Babesia bovis e a Babesia bigemina, que possuem como vetor biológico o carrapato Boophilus microplus.

A Babesia bovis é transmitida pelas larvas do carrapato, enquanto a Babesia bigemina é decorrente dos estados de ninfas e adultos. As células do carrapato são injetadas nas hemácias do hospedeiro para a sua reprodução, e a B. bovis se hospeda em capilares de órgãos centrais (como cérebro e meninges) e nas vísceras (como rins, baço e pulmão). A B. bigemina é encontrada nas hemácias da circulação periférica e pode desenvolver mecanismos que provocam danos celulares e teciduais.

Ao lado da anaplasmose, a babesiose é uma das doenças do complexo da Tristeza Parasitária Bovina (TPB), e essa condição resulta em queda na produção leiteira, diminuição de peso e alta na taxa de mortalidade animal. Segundo os dados do SENAR/SC, estima-se que no Brasil os impactos da TPB ultrapassam US$ 500 milhões anualmente. Para proteger o seu rebanho e evitar possíveis prejuízos, saiba como a babesiose bovina ocorre e qual o tratamento mais eficaz.

Causas

A babesiose bovina pode causar prejuízos econômicos profundos. Além dos impactos citados anteriormente, quando não controlada de maneira adequada, a babesiose possui implicações futuras para a saúde do rebanho, já que também pode diminuir a fertilidade, em consequência dos abortos e o retardo no crescimento e desenvolvimento do animal.

Essas são algumas das complicações que podem ser causadas pela babesiose em bovinos. Desta forma, o cuidado profilático é um caminho fundamental para conter a transmissão e a infecção pelo protozoário. E para entender como esse cuidado pode ser aplicado, é preciso compreender quais são as causas da babesiose.

A causa da babesiose bovina parte do contato com o carrapato, e a sua transmissão entre o rebanho pode acontecer por meio de transfusões sanguíneas entre os animais, por mosquitos ou durante a gestação.

O controle do vetor da doença, o carrapato, é o fator que pode diminuir as chances de contato do rebanho com a babesiose. Aliado a esse monitoramento, são eficazes as técnicas como rotação de pastagem, alteração de microclima, implantação de lavoura e uso de agentes biológicos.

Portanto, é fundamental para o produtor conhecer o controle estratégico dos carrapatos, como já define a Embrapa. Em suma, é necessário conhecer o ciclo de vida do vetor para que a atuação contra ele seja realizada em épocas do ano desfavoráveis ao carrapato, período que varia de acordo com a região.

Sintomas

A multiplicação da Babesia nas células sanguíneas provoca a destruição dos glóbulos vermelhos, quadro que desencadeia uma hemorragia interna no animal. Desta forma, os sintomas da babesiose bovina são resultados da infecção causada pelo protozoário, bem como a anemia decorrente da hemorragia interna.

É possível destacar os sintomas de acordo com as cepas da babesiose. O animal infectado pelo protozoário B. bovis costuma apresentar:

  • Febre alta;
  • Anorexia;
  • Urina de cor escura;
  • Descoordenação neurológica;
  • Parasitemia (porcentagem de eritrócitos infectados).

Enquanto isso, o gado vítima do protozoário B. bigemina tem como sintomas:

  • Febre;
  • Anorexia;
  • Prostração;
  • Hemoglobinúria e anemia;
  • Lesões.

Diagnóstico

O diagnóstico da babesiose bovina pode ser realizado a partir da análise dos sinais clínicos do animal, tendo em vista os sintomas visíveis que ele pode apresentar. Além disso, é necessário a visualização dos parasitas no interior das hemácias bovinas, através de esfregaços sanguíneos. Recomenda-se que a coleta de sangue para essa avaliação seja feita nos capilares periféricos.

Os testes sorológicos também são importantes para o diagnóstico e para a escolha do tratamento adequado da babesiose em bovinos. Os anticorpos gerados na resposta imune à Babesia permanecem por longos períodos, e a avaliação dos soros pode auxiliar nos processos de controle da epidemia no rebanho.

O diagnóstico precoce da babesiose bovina é um aliado fundamental para o controle da doença, tendo em vista que as chances de contágio diminuem quando a babesiose é detectada e os animais podem ser isolados para tratamento.

Tratamentos

Considerando que uma das principais causas para que a babesiose atinja o rebanho está na falta de atenção e de controle contra os carrapatos, destaca-se que o tratamento da babesiose bovina pode começar de forma profilática, uma vez que a vacinação anual dos bezerros é uma alternativa para prevenir a disseminação da doença e proteger o rebanho. A administração de endectocidas ou os tratamentos com banhos carrapaticidas são estratégias eficazes e que devem ser definidas de acordo com a zona endêmica.

Após a confirmação do diagnóstico da babesiose em bovinos, o tratamento visa destruir o protozoário no animal, com medicamentos administrados de acordo com o avançar da doença. Outro cuidado necessário é amenizar o sofrimento do animal, e medidas como transfusões de sangue também podem ser aplicadas como forma de reverter o quadro anêmico.

Anti-hemoparasitário Berotetra® Solução Injetável

O Anti-hemoparasitário Berotetra® Solução Injetável é o composto medicamentoso mais indicado para o tratamento da babesiose em bovinos.

Completo no cuidado contra a doença, a fórmula de Berotetra® Solução Injetável possui três ativos com ação analgésica e que combatem o protozoário e tratam a infecção:

  • Diminazeno (Diaceturato): agente quimioterápico sintético que combate a Babesia bovis e a Babesia bigemina;
  • Oxitetraciclina: antibiótico de largo espectro eficaz contra os protozoários.

A administração do Anti-hemoparasitário  Berotetra® Solução Injetável é realizada via intramuscular profunda e, para o tratamento da babesiose bovina, é recomendada a aplicação de 1 ml para cada 10 kg de peso do animal.

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Fonte:

Chemitec.