Comum entre os gatos, a PIF deve ser tratada com cuidados especiais para garantir qualidade de vida aos portadores da condição
A PIF felina é uma doença viral que atinge gatos de todo o mundo, causando inflamações no peritônio e em outros órgãos abdominais, deteriorando bastante a saúde e a qualidade de vida desses animais.
Existem duas formas diferentes da doença, a PIF efusiva (úmida) e a PIF não efusiva (seca); o que determina qual tipo de PIF um gato contrai é o próprio sistema imunológico dele.
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O que é a PIF felina?
Alguns gatos contraem o coronavírus entérico felino (FECV), sendo a PIF felina o resultado de uma resposta imunológica indevida do organismo ao vírus.
A PIF efusiva provoca uma inflamação nos vasos sanguíneos, que resulta no extravasamento de líquidos para as cavidades abdominais e torácicas. Essa forma da doença é caracterizada pelo acúmulo de fluidos nessas áreas, podendo acometer os órgãos envolvidos.
Já na PIF não efusiva ocorre a formação de granulomas e áreas de necrose nos tecidos dos órgãos afetados, incluindo os abdominais, torácicos, o cérebro e os olhos. Essa variante se diferencia pela criação de nódulos inflamatórios, que podem ou não conter pus, e pela presença de lesões mais localizadas nos órgãos acometidos.
Quais são os sintomas da PIF felina?
A PIF felina possui sintomas que variam dependendo da sua forma (efusiva ou não efusiva). Veja os sintomas clínicos mais comuns em cada uma delas a seguir.
Forma efusiva
- Aumento de volume abdominal;
- Icterícia (olhos amarelados);
- Falta de ar.
Forma não efusiva
Essa forma de PIF felina tem sintomas que dependem do órgão acometido, mas, no geral, são:
- Febre;
- Apatia e falta de apetite;
- Diarreia;
- Manchas nos olhos;
- Vômito.
Como a PIF é transmitida?
O coronavírus inicial é transmitido por contato oro-fecal entre os gatos, ou seja, se dissemina através de fezes contaminadas e contato oral. Já após a mutação, o vírus que causa a PIF não é eliminado em nenhuma secreção corpórea do gato doente, o que torna a PIF felina em si não transmissível entre gatos.
Como é feito o diagnóstico da PIF felina?
A princípio, o veterinário observa sinais clínicos, buscando sintomas comuns da doença. Análises laboratoriais como hemogramas podem mostrar sintomas mais avançados e particulares. Além disso, exames de imagem ajudam a avaliar a integridade dos órgãos e detectar a presença de fluido no abdômen ou tórax.
Para um diagnóstico definitivo, são utilizados exames como o Teste de Rivalta ou técnicas mais avançadas como a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase). Outra hipótese é a histopatologia, onde amostras de órgãos afetados são examinadas. Por fim, a imuno-histoquímica pode ser usada para detectar antígenos específicos do coronavírus felino.
Quais são as opções de tratamento para a PIF felina?
As opções de tratamento para a PIF felina focam em aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida do gato, já que não existe cura.
São utilizadas: terapia imunossupressora com prednisolona para reduzir a inflamação, interferon para combater o vírus, antibioticoterapia para infecções secundárias, além da abdominocentese, que é feita para diminuir o acúmulo de líquido na cavidade abdominal.
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Quais são os riscos da PIF felina?
Os principais riscos estão na deterioração da saúde do gato, o que reduz a qualidade e a expectativa de vida. A doença pode provocar complicações graves, como falência de órgãos, perda de peso, anemia crônica e a necessidade de tratamentos paliativos frequentes para controlar os sintomas.
A variabilidade dos sintomas e a dificuldade de diagnosticar a doença cedo por conta de sinais iniciais que se confundem com outras condições tornam tudo mais complicado.
Quais cuidados tomar com um gato com PIF?
Mantenha um ambiente calmo e limpo, ofereça uma dieta personalizada e administre os medicamentos prescritos para controlar os sintomas. Também monitore regularmente o estado de saúde do gato e realize visitas veterinárias conforme orientação. Por fim, se possível, testar os gatos e separá-los entre positivos e negativos.
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