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Bambeira equina

Imagem de dois cavalos 5 min. de leitura

A bambeira equina é uma condição neurológica que causa fraqueza e falta de coordenação nos cavalos, afetando sua locomoção e equilíbrio

Os cavalos, animais de grande porte e elegância, dependem de sua força e coordenação para realizar desde atividades simples até desempenhos atléticos exigentes. No entanto, algumas condições podem comprometer seriamente essas habilidades, gerando preocupação entre proprietários e veterinários.

Entre as questões neurológicas que podem afetar a mobilidade dos equinos, a bambeira equina se destaca pela forma como debilita a capacidade de locomoção e equilíbrio, trazendo desafios tanto para o animal quanto para seu manejo adequado. Saiba mais a seguir!

O que é bambeira equina?

A bambeira equina, também conhecida como neuropatia periférica equina, é uma condição neurológica que afeta os cavalos, caracterizada pela fraqueza e falta de coordenação, principalmente nos membros posteriores. Essa condição ocorre devido a danos nos nervos periféricos, que são responsáveis por transmitir sinais entre o cérebro e os músculos.

Como consequência, os animais com bambeira equina apresentam dificuldade em controlar seus movimentos, podendo arrastar os membros, cambalear e até ter dificuldades para se levantar. A condição pode ser causada por fatores, como lesões físicas, infecções, intoxicações ou deficiências nutricionais.

Sinais e sintomas da bambeira equina

Os sinais e sintomas da bambeira equina refletem a perda de controle motor e a fraqueza muscular que essa condição provoca nos cavalos. São eles:

  • Falta de coordenação;
  • Tendência a arrastar os membros;
  • Dificuldade para levantar;
  • Postura anormal;
  • Diminuição da resposta a estímulos;
  • Tremores musculares.

Esses sintomas podem variar em intensidade, dependendo da gravidade da condição e da extensão dos danos aos nervos. O reconhecimento precoce desses sinais é crucial para iniciar o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida do cavalo afetado.

Diagnóstico da bambeira equina

O diagnóstico da bambeira equina envolve uma abordagem detalhada, combinando a avaliação clínica, exames neurológicos, e, em alguns casos, testes de imagem e laboratoriais. Os principais passos para o diagnóstico incluem:

  • Avaliação do histórico completo do cavalo, incluindo informações sobre o início dos sintomas, possíveis traumas, exposições a toxinas, dietas recentes e doenças anteriores;
  • Exame físico para avaliar o estado geral de saúde do cavalo, com foco especial nos membros afetados;
  • Exame neurológico para avaliar a função dos nervos periféricos;
  • Avaliação da forma como o cavalo caminha e se posiciona;
  • Realização de exames de imagem para verificar a presença de lesões ósseas ou articulares que possam estar comprimindo os nervos;
  • Realização de exames laboratoriais para identificar infecções, intoxicações ou deficiências nutricionais que estejam contribuindo para a condição;
  • Se houver suspeita de intoxicação, testes específicos podem ser realizados para detectar substâncias tóxicas no organismo do cavalo.

Tratamento da bambeira equina

O tratamento da bambeira equina deve ser personalizado, de acordo com a causa e a gravidade da condição. A abordagem terapêutica geralmente inclui o uso de medicações e a aplicação de terapias físicas para melhorar a função nervosa e muscular, além de proporcionar alívio dos sintomas. Entenda melhor cada uma dessas metodologias:

Medicações

O uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pode ajudar a reduzir a inflamação dos nervos e tecidos circundantes, aliviando a dor e melhorando a mobilidade. Nos casos em que a bambeira equina for causada por uma infecção bacteriana, antibióticos específicos podem ser prescritos para combater a infecção e prevenir a progressão da neuropatia.

Terapias físicas

A fisioterapia é uma parte essencial do tratamento para restaurar a função muscular e melhorar a coordenação. Exercícios específicos são usados para fortalecer os músculos, melhorar o equilíbrio e promover a recuperação dos nervos. Além disso, massagens terapêuticas ajudam a melhorar a circulação sanguínea nos músculos e nervos, aliviando a tensão muscular e promovendo a regeneração dos tecidos.

Além disso, a acupuntura pode ser utilizada como uma terapia complementar para aliviar a dor, reduzir a inflamação e estimular a recuperação nervosa.

Manejo e prevenção da bambeira equina

O manejo e a prevenção da bambeira equina são cruciais para minimizar o impacto da condição e evitar sua ocorrência. A adoção de práticas apropriadas pode ajudar a proteger os cavalos contra lesões e problemas neurológicos, promovendo uma vida saudável e ativa.

Manejo da bambeira equina

Garanta que o ambiente onde o cavalo vive seja seguro e livre de obstáculos que possam causar quedas ou lesões. Estábulos e áreas de pastagem devem ser bem mantidos para reduzir riscos. Além disso, realize exames veterinários regulares para monitorar a saúde neuromuscular do cavalo e detectar precocemente quaisquer sinais de bambeira equina ou outras condições neurológicas.

Após o animal ser diagnosticado, siga criteriosamente o programa de reabilitação prescrito pelo veterinário responsável. Monitore continuamente o progresso do cavalo durante o tratamento e faça ajustes conforme necessário para otimizar a recuperação.

Prevenção da bambeira equina

No que diz respeito à prevenção da bambeira equina, é recomendado fornecer uma dieta balanceada e rica em nutrientes essenciais, incluindo vitaminas e minerais importantes para a saúde neuromuscular. Além disso, é importante adotar medidas para prevenir lesões físicas, como treinar o cavalo em ambientes seguros, utilizar equipamentos de proteção apropriados durante atividades de alto impacto e evitar superfícies irregulares que possam causar traumas.

Por fim, mantenha boas práticas de higiene e controle de parasitas para reduzir o risco de infecções que possam contribuir para o desenvolvimento da bambeira. Vacine o cavalo contra doenças infecciosas, conforme o calendário recomendado. Todas essas medidas devem ser adotadas com a orientação de um médico veterinário com conhecimento específico em equinos.

 

Fonte:

Chemitec