Fale conosco pelo WhatsApp
imagem de uma vaca com infecção
08/12/2022

Infecções uterinas em vacas

A doença ainda é um grande desafio para a cadeia produtiva bovina, mas pode ser controlada com o acompanhamento regular com o veterinário

Na produção animal, principalmente nos ciclos bovinos, a saúde reprodutiva das fêmeas é crucial para o sucesso da criação. Diversas doenças podem acometer o animal e dentre elas, destaque infecções uterinas em vacas, que têm origem em contaminações bacterianas do trato reprodutivo em períodos de gestação e pós-parto e demandam muita atenção dos criadores.

Para evitar perdas maiores na bovinocultura de carne e de leite, é fundamental proceder com um diagnóstico certeiro e tratamento rápido das infecções uterinas em vacas. Vamos conhecer mais a seguir.

Quais são os tipos de infecções uterinas em vacas?

As infecções uterinas mais observadas em fêmeas bovinas são:

  • Metrite Puerperal Aguda: ocorre, em geral, na primeira semana pós-parto, muitas vezes em vacas com escore de condição corporal acima ou abaixo do ideal. Caracterizada por sinais clínicos agudos, envolve febre, grande queda na produção leiteira e descarga uterina aquosa, escura e fétida ou sanguinolenta.
  • Piometra: geralmente se desenvolve no pós-parto da vaca, que apresenta exsudatos mucopurulentos ou purulentos. Caracteriza-se com a presença do corpo lúteo.
  • Endometrite clínica: na presença de descarga mucopurulenta ou purulenta, a inflamação endometrial é sinalizada por volta de 21 dias após o parto, sem ocorrência de sinais clínicos gerais nas vacas.
  • Endometrite subclínica: inflamação endometrial sem exsudato purulento nas secreções. O quadro pode ser predisposto em partos e inseminações artificiais e acarretar impacto negativo na fertilidade da vaca.

Quais são as causas?

Em geral, as infecções uterinas em vacas são infecções causadas por bactérias presentes no útero de vacas no pós-parto. Causadas por complicações em parto e pós-parto, podem estar associadas a parto distócico ou gemelar, ocorrência de natimorto, cesariana, complicação por retenção de placenta e retardo na involução uterina fisiológica após o parto.

Bactérias

Através de exames microbiológicos há identificação bacteriana com destaque para Escherichia coli, Trueperella pyogenes, Fusobacterium necrophorum, Prevotella melaninogenica, Bacteriodetes spp., Pseudomonas spp., Proteus spp., Streptococcus spp., e Staphylococcus spp.

Quais são os riscos dessas infecções?

As infecções uterinas em vacas podem levar a subfertilidade — piorando os índices produtivos da propriedade —, infertilidade e baixa produção de leite.

Quando ocorrem infecções uterinas em vacas do plantel, consideram-se ainda perdas econômicas com os custos extras. Há gastos com medicamentos, veterinários e exames. E um risco de grandes prejuízos em casos graves com descarte de produção leiteira pelos períodos de carência ou até mesmo descarte da matriz.

Como é feito o diagnóstico?

Os métodos mais comuns de diagnóstico das infecções uterinas em bovinos são: palpação transretal, vaginoscopia, ultrassonografia; além de biópsia, citologia e cultura bacteriana uterina.

No caso da Endometrite Clínica, a biópsia e a histopatologia do endométrio seriam os métodos ideais de diagnóstico da endometrite. Porém, trata-se de procedimentos invasivos, caros e para qual é necessário muito tempo. Na prática clínica, são associadas a outras formas de diagnóstico citadas.

O diagnóstico ágil e a escolha adequada do tratamento são essenciais para minimizar os danos de infecções uterinas em vacas sobre a eficiência reprodutiva dos animais de cada fazenda.

Quando o veterinário deve ser procurado?

Para lidar com as infecções uterinas em vacas, procedimentos como a palpação retal, exames clínicos, análises laboratoriais e exames de imagem são importantes, como já mencionado. Para tudo isso, o acompanhamento pelo médico-veterinário é indispensável.

A falta de capacitação no cuidado profissional pode comprometer a saúde do rebanho, gerando sérios danos financeiros. Ainda que algumas das enfermidades citadas sejam de tratamento e prevenção complicados, é de suma importância que profissionais experientes sejam buscados.

Prevenção e Tratamento

A prevenção começa na gestação e passa por cada fase reprodutiva da vaca. O acompanhamento gestacional deve ser bem executado, com vacas saudáveis e manejo correto. Desta forma, já se considera um significativo avanço na prevenção de partos de risco, a grande causa das infecções uterinas em vacas.

Ainda, é recomendável a realização de exames ginecológicos no puerpério, aumentando a eficiência reprodutiva do rebanho.

O sucesso do tratamento depende de uma escolha ágil por um Médico-Veterinário capacitado.

Quais são os tratamentos?

Para as metrites, os estudos científicos geralmente recomendam antibioticoterapia sistêmica, anti-inflamatórios e fluidoterapia de suporte. Na ocorrência de endometrites, o tratamento pela infusão intrauterina é controverso porque a comprovação de sua eficácia na comunidade científica ainda não é conclusiva, podendo ser recomendado o antibiótico e a terapia sistêmica também.

Dependendo da orientação veterinária, o antibiótico Injetável o Chemiflor® à base de Florfenicol da Chemitec é indicado para o tratamento sistêmico de doenças em bovinos, como as infecções uterinas em vacas. Na presença de corpo lúteo (piometra), pode-se indicar o uso da prostaglandina F2α.

Caso precise de orientações quanto à saúde e manejo de seus animais, consulte um Médico-veterinário, que pode orientar conforme a realidade de cada produtor.

Entre em contato e saiba mais sobre esse e outros assuntos com a Chemitec.

Fontes:

Revista Veterinária

Milkpoint

Rural Pecuária

Chemitec