Popularmente conhecida como bicho geográfico, a larva migrans cutânea é um parasita que está presente no intestino de cães e gatos que não são vermifugados periodicamente. Ao entrar em contato com o organismo humano, esta larva perfura a pele e começa a se deslocar pelo tecido subcutâneo, abrindo túneis inflamados de aspecto semelhante ao contorno de um mapa.
De acordo com definição estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o bicho geográfico é uma zoonose, uma vez que a infecção é transmitida entre animais vertebrados e humanos. No caso das pessoas, a transmissão acontece pelo contato direto com as larvas infectantes existentes no solo contaminado por fezes de animais.
Em geral, crianças são mais afetadas porque apresentam a pele mais fina que a de adultos.
Bicho geográfico: sintomas e tratamento
Assim como a maioria das verminoses que afetam os pets, o bicho geográfico causa sintomas como:
- Vômitos;
- Diarreia;
- Perda de peso;
- Sensibilidade abdominal;
- Coceira na região do ânus;
- Aparência desajeitada na pelagem dos gatos;
- Gengiva pálida em gatos.
Quando afeta os humanos, os sintomas incluem:
- Coceira intensa;
- Aparecimento de linhas vermelhas e tortuosas na pele;
- Sensação de movimento embaixo da pele;
- Inchaço na pele.
Dependendo da extensão da doença, o tratamento pode ser feito com uso de pomadas específicas ou medicação via oral. Anti-inflamatórios e antibióticos podem ser indicados quando as lesões de pele causadas pelo bicho geográfico são bastante extensas e apresentam sinais de infecção.
Em alguns poucos casos, a contaminação pode desaparecer espontaneamente, dispensando a necessidade de tratamento específico. No caso dos pets, o tratamento é feito por meio da administração de vermífugos, conforme orientação do médico veterinário.
Transmissão e prevenção
Embora sejam mais comuns em terrenos arenosos, como praias e tanques de areia frequentados por cães e gatos, os ovos da migrans cutânea progridem em qualquer ambiente que proporcione calor e umidade suficientes para que virem larvas.
Por isso, é recomendado sempre andar calçado em locais frequentados por cães e gatos, especialmente se você não sabe se eles estão devidamente vermifugados.
Entre animais, a transmissão acontece de um pet para outro, por via oral, cutânea e placentária. A melhor forma de prevenir a contaminação do bichinho é por meio da vermifugação regular, além de evitar que ele tenha contato com animais desconhecidos que podem estar com a saúde comprometida ou negligenciada. Evitar a ida dos pets à praia e tanques de areia também é recomendado.
Vale lembrar que é uma obrigação dos tutores recolher as fezes de seus animais, independentemente de onde eles as fizerem. Além disso, também é dever das pessoas zelarem pela saúde dos seus pets, levando-os anualmente ao veterinário e cuidando sempre de sua saúde e bem-estar. Este tipo de cuidado, além de mostrar responsabilidade com o peludo, é um sinal de responsabilidade sanitária com outras pessoas e animais.
Vermífugos para cães e gatos
Os medicamentos utilizados para o controle de parasitas são chamados no meio científico de anti-helmínticos, e possuem ação eficiente contra as formas adultas e larvárias dos vermes que acometem cães e gatos. A administração de vermífugos sempre deve ser feita de acordo com a recomendação veterinária, e faz parte dos cuidados considerados básicos para a saúde dos pets.
A linha ChemiPet, da Chemitec, possui vermífugos específicos para cães e gatos, com os mais variados ativos, apresentações e indicações, que abrangem todas as fases da vida do seu animal de estimação — incluindo filhotes, fêmeas prenhes e pets idosos.
Os medicamentos ajudam a combater não apenas a contaminação por bicho geográfico, mas as variadas espécies de vermes que podem prejudicar o bem-estar dos bichinhos e ainda comprometer outros seres humanos.